Refletindo: Meu Poema Vida-Essência

Hoje é dia de vídeo no ar por aqui, mas, em vez disso resolvi refletir e colocar aqui um poema meu. Escrevi quando tinha 19 anos e ainda um fulgor maravilhoso pelos sonhos que tinha (e, muitos, ainda tenho) para realizar. Reflete minha realidade da época, mas ainda hoje me inspira, e espero que inspire vocês, também. ; )

Vida-Essência

Eu queria a paixão dos dias,
O fulgor sincero dos ideais.
Queria dizimar os livros e lê-los todos
Gritar, perder a voz, achá-la e não voltar atrás.

Queria olhar nos olhos e ver.
Correr, até que o ar se torne pouco
Dar as mãos e ter,
Saber o que não posso sentir.

Queria escrever poemas com rimas, sem rimas, ainda.
Dar valor ao toque dos dedos sobre o teclado.
Deus, queria falar aos sete ventos e abraçá-los
E descobrir o oitavo.

Queria que o papel voasse,
Contando por aí o que eu sinto
Porque quem lê já não sabe
O que o papel livre está sentindo.

Queria sorrir por todas as horas
E chorar por todos os dias
Queria cavalgar
Ver Paris do alto da torre Eiffel.

Queria ouvir as músicas boas e ver todos os filmes no cinema
Saber a saúde e passar a doença
Ver meu irmão, pai e mãe, e todo mundo
Queria ver o mundo, do espaço.

Eu quero morrer e saber que quis.
Quis, quis e quis tanto, e senti, tanto,
Que pude compreender
Que aquilo a que muitos chamam vida
É, na verdade, viver. 

Espero que tenham curtido. Até mais! ; )

Oh Captain, My Captain - Dia do Professor!

Oi!

Pessoal, me perdoem pela ausência do post de 3ª feira, e de um vlog! Esta semana foi corrida, mas tudo deve entrar nos eixos novamente!

 

Hoje não posso deixar de homenagear o Professor, pelo seu dia! Datas comemorativas como esta são instituídas pela sociedade, e talvez até pelo comércio, mas está aqui uma instituição de homenagem mais do que merecida. Professores transformam vidas, e se tornam figuras inesquecíveis na memória.

Me lembro com muito carinho da Tia Noeli, minha professora de Português e Estudos Sociais (no meu tempo era assim, e havia outra profa. que dava aulas de Matemática e Ciências), que na 2a Série do antigo Ensino Fundamental (quando havia 8 séries somente, e não 9) me ensinou a amar a Língua Portuguesa, e me fez apaixonar perdidamente por poesia, um caminho sem volta. Foi por causa dela que escrevi em casa meu primeiro livrinho de poemas, com 7 anos, e o chamei de "Versinhos de Clá Clá", para o deleite de meus pais e do meu irmão, e meu absoluto orgulho infantil. E hoje a paixão por leitura, literatura e escrita é o que me faz me sentir gente.

Depois disso, tive muitos professores maravilhosos e inesquecíveis. Sei que, enquanto viver, ainda terei muitos outros assim. Mas, para coroar esse meu sentimento de admiração pelo professor, na adolescência fui impactada pelo filme que se tornou o meu predileto, até agora sem concorrência:  Sociedade dos Poetas Mortos. 

Sem delongas, o filme trata sobre a transformação que um professor de estilo jovem e moderno, apaixonado por poesia, causa em um grupo de alunos. Transformação esta tão profunda e maravilhosa, que os faz ter vontade e coragem de buscar o que realmente desejam de suas vidas, com paixão. Em cena célebre, o fantástico ator Robin Williams (deixou um espaço vazio com sua morte em 2014, triste) sobe em uma mesa e recita o poema de Walt Whitman Oh Captain, My Captain (leia o poema aqui), e pede para que os alunos o chamem desta forma. Mais tarde, o professor é expulso da escola por seu comportamento considerado "transgressor". E em outra cena famosa, os alunos então sobem em suas carteiras e falam em voz alta, a expressão "Oh Captain, My Captain", para homenagear o mestre e defender seu retorno, perante o Diretor da escola. Vejam esta cena aqui (eu me emociono TODA vez que assisto): 

Oh, Captain! My Captain!!! Parabéns a todos os Professores maravilhosos, que doam suas vidas para transformar tantas outras! Muito obrigada!

Até breve! ; )